09/12/2016

DIGA NÃO A POUPANÇA

Tome uma decisão monocrática

Por Rodolfo Amstalden*

Nesta semana os jornais noticiaram o primeiro mês de captação positiva da poupança em 2016.
Em novembro, o saldo ficou positivo em quase 2 bilhões de reais.
Desde o início do ano, está negativo em 51 bilhões de reais.
Não sou patriótico como o STF.
Logo, posso comemorar os 51 bi negativos do ano, e lamentar os 2 bi positivos de novembro.
Positivos, aliás, graças à primeira parcela do 13º salário.
Se você pegou seu precioso 13º e colocou na poupança para fins de investimento, há alguma coisa errada.
Pode-se alegar ignorância, teimosia ou inércia - mas não existe motivo racional para investir um só centavo na poupança.
Se, em vez de clicar na Poupança, você clicar no Tesouro Direto, encontrará títulos públicos indexados ao IPCA.
Hoje eles oferecem, generosamente, juros reais acima de 6% ao ano.
Ou seja, você fica neutro em relação à inflação e ainda ganha mais de 6% ao ano em cima.
Não sobra sequer a desculpa de um 13º mirrado em ano de crise: os valores mínimos para investir são descaradamente acessíveis, conforme mostra a tabela abaixo.
Mexa-se, saia da poupança.
É uma das poucas decisões que cabem apenas a você, monocrática e sem pedido de vista.




*Rodolfo Amstalden é sócio da Empiricus Research. É bacharel em Economia pela FEA-USP, em Jornalismo pela Cásper Líbero, mestre em Finanças pela FGV-EESP e analista com certificação CNPI. Na Empiricus, Rodolfo é responsável pelo Programa de Riqueza Permanente®.

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