29/09/2016

MENTES PRA MIM

As principais mentiras, de sempre, em uma eleição municipal; veja dicas para escolher bem os seus candidatos

As eleições municipais, principalmente em cidades de pequeno porte, são marcadas quase sempre por mentiras criadas para prejudicar aqueles que concorrem aos cargos de vereador e de prefeito.
 
As principais mentiras são: Se eleito, o candidato da oposição irá acabar com vários benefícios dos servidores municipais; vai prejudicar o serviço dos ambulantes pela cidade; vai tomar as casas populares dos conjuntos construídos nos últimos anos; irá aumentar os impostos, acabar com a previdência dos servidores municipais, e muitas outras que apenas quem joga sujo nessas épocas é capaz de criar. Especialmente aqueles que não são capazes de deixar que o jogo político seja decidido pela forma mais democrática, o voto.

SAIBA COMO ESCOLHER OS SEUS CANDIDATOS

Reportagem publicada pelo G1 aponta dicas para não errar na hora de escolher candidatos a prefeito e a vereador. 
 
Confira
No dia 02 de outubro, prefeitos e vereadores serão escolhidos pelo voto. Não há fórmulas para escolher os melhores candidatos, mas alguns cuidados podem evitar o risco de arrependimento.
Para especialistas, as eleições municipais facilitam o processo de escolha do candidato porque, nesses casos, o eleitor está mais próximo dos políticos. Às vezes o candidato é um comerciante local, uma liderança de alguma entidade, um profissional conhecido, alguém que talvez está na esquina de casa.
É a proximidade com o político que torna mais fácil seguir a primeira dica: examinar a vida pregressa do candidato.
A filtragem de um candidato “ficha suja” ou “ficha limpa” cabe mais ao eleitor do que à Justiça Eleitoral, já que o único impedimento que a lei coloca ao candidato em relação ao seu passado é não ter condenação transitada em julgado, ou seja, não ter sentença condenatória definitiva (sem possibilidade de recurso).
A dica sobre a vida pregressa não se refere apenas a processos, escândalos e denúncias de corrupção, mas também a compromissos assumidos em eleições passadas e promessas formuladas (cumpridas ou não).
“Se em um ano, o político prometeu que faria algo e quatro anos depois vem e diz que é exatamente o contrário, isso mostra que ele não tem uma palavra constante. Não quer dizer que ele não possa mudar de opinião, mas tem que explicar muito bem porque muda [de opinião] em assuntos fundamentais. Se ele é favorável à privatização da saúde pública e quatro anos depois é a favor da estatização da saúde pública, é um problema. Você não muda tão radicalmente de um campo para outro”, afirma o professor de filosofia política e ética da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Romano.
Se o candidato está tentando se reeleger, fica mais fácil de analisar se ele é merecedor do seu voto:
- Se a escolha é para prefeito basta analisar as suas realizações anteriores, se cuidou bem da cidade, se a saúde atende corretamente a população, se a construção de novas salas de aula é proporcional ou maior do que o crescimento da cidade, se formou parcerias para a instalação de novas empresas criando, com isso, mais vagas de empregos, se foi transparente com o dinheiro público e outros.
 
- Já os candidatos a vereadores devem ser avaliados pelo conjunto de leis criadas para melhorar a vida do cidadão, se fiscalizou o executivo e pelo empenho para melhorar a causa pela qual foi eleito, seja ela a saúde, educação, esportes, causa animal...

Por dentro das atribuições
O candidato não pode “sair do nada”. “Se um bombeiro salvou a vida de uma criança, virou notícia local, estadual e nacional, nem por isso vai ser um bom vereador”.
O vereador precisa conhecer o funcionamento do município, o orçamento e a lei orgânica da cidade porque, além de propor e votar projetos de lei, vai aprovar e fiscalizar a aplicação do dinheiro que a cidade tem em caixa e analisar as contas do prefeito.
Apenas boas ideias também não bastam para o candidato a prefeito. Quem se candidata a dirigir um município tem que ser um bom gestor: conhecer as leis, o orçamento, ter boa capacidade de avaliação e criatividade.
Ao escolher um mau gestor, ele afunda [o município] não só por aquela gestão, mas por muitas décadas, porque os efeitos são prolongados. Terminou aquele improviso. Tem que entender e planejar, saber quanto arrecada, quanto gasta e como é que se gasta.

Aproximar do candidato
Procurar se aproximar do candidato, conhecer seu partido e suas propostas básicas é tão importante quanto olhar a propaganda de forma crítica.
A dona de casa não compra o sabão em pó só pela propaganda. A propaganda a leva a comprar, mas se o sabão não presta, se mancha a roupa, ela não compra mais. Assim, a propaganda deve chamar a atenção para o candidato, para o programa, mas o que a propaganda faz, na maior parte do tempo, é embelezar o produto. Portanto, é preciso testar a qualidade do produto.

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