imageAferição irregular, vício de quantidade ou, no popular, bomba baixa. São os nomes de um esquema de fraudes na venda de combustíveis que tem chamado a atenção das autoridades pela sofisticação e dificuldade no combate.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), houve 165 postos interditados por esse motivo em todo o país nos últimos 12 meses terminados em junho, um crescimento de 23% sobre o período anterior.
No Estado de São Paulo, 7% das bombas inspecionadas neste ano, até a última quinta-feira (30), pelo Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) apresentavam o problema, o que corresponde a 4.458 equipamentos reprovados.
A fraude consiste na substituição de componentes da placa eletrônica das bombas. O marcador dessa bomba adulterada exibe uma quantidade de combustível maior do que o efetivamente injetado no tanque do carro.
Em muitos casos, foi identificado o uso, pelos fraudadores, de controles remotos para desativar o sistema quando chega a fiscalização.
“As fraudes vêm se aprimorando de forma impressionante”, diz o diretor de metrologia e fiscalização do Ipem-SP, Valmir Ditomaso. “Não é uma coisa fácil de identificar. Tivemos que aprender na marra.”