De quem é a incoerência?
A história política recente prova que não.
Foi Robinson que, vice-governador eleito, viabilizou a primeira
eleição de Ricardo Motta, até então um parceiro político, em fevereiro
de 2011, há exatos quatro anos.
Eleito, Motta prometeu caminhar junto com Robinson. Inclusive na
fundação do PSD no Rio Grande do Norte, legenda fundada nacionalmente
pelo então prefeito de São Paulo,Gilberto Kassab.
O afastamento de Robinson e Motta começou quando o presidente da
Assembleia desistiu, aos 45 minutos do segundo tempo, de se transferir
para o PSD.
Meses depois, isolado, sem o apoio do parceiro político, Robinson terminou rompendo com a então governadora Rosalba Ciarlini.
Em dezembro de 2011, Ricardo Motta anunciava, em entrevistas, que não
acompanharia Robinson, porque ele já não fazia parte do grupo político
da governadora.
Motta ficou com Rosalba, permaneceu no PMN, depois foi para o PP,
teve a legenda tomada por Betinho Rosado e terminou se transferindo para
o PROS.
O tempo passou e se encarregou de mostrar que Robinson tinha razão ao ser o primeiro a romper com Rosalba.
O fato mais recente do afastamento de Motta e Robinson ocorreu no
segundo turno das eleições para governador. Candidato ao governo,
Robinson Faria ligou duas vezes para Ricardo Motta, que estava empenhado
na eleição do deputado Henrique Alves. Ricardo Motta, simplesmente,
binou, recusando a ligação nas duas vezes.
Agora, Ricardo Motta defende que Robinson não pode nem deve
participar da eleição para presidente da Assembleia. Cobra coerência do
antigo parceiro político com quem rompeu e a quem abandonou depois de
ter firmado um compromisso político.
Da série “Perguntar não ofende”: De quem é mesmo a incoerência?
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