29/10/2014

SUCESSÃO NA ASSEMBLEIA

Sucessão na Assembleia envolve disputa no PROS

Deputados conversam, no plenário da Assembleia Legislativa, sobre pauta de votações
A finalização do pleito eleitoral intensificou as articulações para a escolha da nova mesa diretora na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Em curso, a sucessão do atual presidente da Casa, deputado Ricardo Motta (PROS), ganha novos personagens. Motta , que concluiu agora o segundo mandato à frente da mesa diretora, já trabalhava no projeto de continuar. Uma mudança no regimento interno, já aprovada, não considera como “terceiro mandato” a reeleição em legislaturas diferentes, mesmo que consecutivas.

No entanto, o projeto de Motta passava também por um apoio do candidato ao Governo Henrique Alves (PMDB). Com a vitória de Robinson Faria (PSD) para o Executivo surgiu um novo candidato a presidente da Assembleia. O deputado estadual Gustavo Carvalho (PROS) e José Adécio (DEM), que aderiram às candidaturas de Robinson no segundo turno, tentam articular uma base de apoio para se lançarem candidatos.

Nos corredores da Assembléia, os deputados estaduais não admitem, oficialmente, que as conversas estejam avançadas. Mas o fato concreto é que as articulações são muitas. Em comum, está a constatação de todos os grupos que a eleição de Robinson Faria mudou o curso do processo da escolha do novo presidente da Casa.

O deputado estadual Nelter Queiroz (PMDB) considerou muito cedo a discussão sobre a presidência da Assembleia, mas admitiu que na eleição para presidente sempre há interferência do governador. “É muito cedo. Acho que a Assembleia é quem vai decidir, mas claro que sempre há interferência de governo”, observou. Ele, no entanto, disse que Robinson Faria deveria dedicar atenção aos problemas do Estado. “Acho que o governador eleito (Robinson Faria) deve cuidar de coisa mais importantes. Ele conhece a Casa e não conhece o governo”, frisou.

Nelter Queiroz disse ainda esperar do novo governador  que não interfira na sucessão da Mesa Diretora da Assembleia. “Se ele for interferir fortemente poderá ser ruim para ele e para o Estado”, destacou.

Nenhum comentário: