22/09/2014

SITUAÇÃO DIFÍCIL

Professora agride e raspa cabelo da filha de 15 anos achada embriagada

Adolescente tem o cabelo cortado por determinação da mãe (Foto: Reprodução)
Uma professora da rede pública do Distrito Federal foi detida por suspeita de espancar e raspar o cabelo da filha de 15 anos após encontrar a adolescente embriagada na casa de amigos em Formosa (GO). A mulher, que dá aulas em uma escola de Planaltina, vai responder por maus-tratos, informou a Polícia Civil. Ao delegado que registrou a ocorrência, a mulher admitiu ter agredido a menina e disse que “queria corrigir a própria filha”.

A mãe da adolescente, que não quis se identificar, disse que agiu sem pensar. “Encontrei ela bêbada com dois rapazes. Uma menina de 15 anos! Na hora, isso é um choque para uma mãe. Nada do que eu fiz foi pensado, não fiz de maldade. Estou em tratamento psicológico”, disse.

De acordo com a ocorrência registrada na delegacia, a menina saiu de casa na companhia de dois amigos na noite do dia 7 dizendo à mãe que iria comer pizza. Na manhã seguinte, a mãe foi à casa de um dos jovens buscar a adolescente, que deveria ter ido para a escola, e a encontrou bêbada.

Segundo um amigo da família que não quis se identificar, a menina não conseguia sequer se levantar. “Ela estava muito bêbada de vodca, não conseguia nem andar direito. A mãe pegou ela imediatamente e levou para um cabeleireiro de homem e raspou a cabeça dela. Ela tinha o cabelo loiro, comprido, nas costas”, diz. “Depois ela levou [a filha] para dentro de casa, deu chute, soco, a cara dela ficou muito machucada.”

Segundo o parente, a mãe tirou uma foto da filha já com o cabelo raspado e enviou para o grupo da família no WhastApp. Depois, obrigou a menina a ir para a escola com hematomas no rosto, com a cabeça raspada e ainda embriagada. “Ela chegou na escola dizendo que a filha estava daquele jeito porque havia bebido e não ia ser vagabunda. Ela ficava gritando ‘não vai ser vagabunda”, conta.

Diante da situação, professores e diretores da escola acionaram o Conselho Tutelar da região. Segundo a conselheira Maria Sarafim Rocha, que atendeu o caso, a primeira providência depois de ouvir os professores foi procurar a mãe.

“Quando chegamos à escola, o fato em si já tinha acontecido, só estavam os professores em reunião. Como era eu que estava no conselho no dia, pedi tempo, porque o conselho tem que ver os fatos. Não pode ir assim, de boato”, disse.

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