30/08/2014

A ROUPA NOVA DA VELHA POLÍTICA

Quem quer mudança não troca seis por meia dúzia

Pego carona hoje num título bem sugestivo da matéria de capa da IstoÉ: “A nova roupa da velha política”. Pois é isso que está se vendendo nas eleições do Rio Grande do Norte. Com o nome de “União pela Mudança” na coligação, o presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB) encabeça uma aliança na condição de candidato a governador tendo ao seu lado Wilma de Faria (PSB), candidata ao Senado e Agripino Maia, presidente nacional do DEM e coordenador da campanha do tucano Aécio Neves à Presidência da República.
A coligação de Henrique como o próprio nome sugere prega a união pela mudança na política papa-jerimum. Que mudança é essa se a seu lado estão sete ex-governadores, dois senadores e uma vice-prefeita da capital que já foi prefeita três vezes e governadora em duas ocasiões, sendo que seu último governo foi marcado por escândalos envolvendo familiares e inclusive um filho. Seria o caso de dizer ao eleitor que quem quer mudança não troca seis por meia dúzia.
Henrique Alves e sua candidata ao Senado Wilma de Faria criticam o governo Rosalba, do DEM de Agripino Maia, mas não têm moral para fazer isso, porquanto o PMDB de Henrique fez parte do atual governo e o último governo de Wilma, de tenebrosa memória, foi marcado por escândalos. Agripino, esse, tem em seu currículo o famoso “Rabo de Palha”, escândalo que ficou conhecido nacionalmente e cujo objetivo era comprar votos para a então sua candidata a prefeita de Natal, Wilma de Faria, contra a candidatura do hoje senador e ministro do governo Dilma (PT), Garibaldi Alves (PMDB), que agora- veja como é a política, caro leitor – pede votos no programa eleitoral para Wilma como se nada tivesse ocorrido no passado recente.
Que mudança é essa que um político de um partido intervém noutro partido para desarticular uma candidatura legítima a reeleição – caso da governadora Rosalba? Me refiro a Henrique Alves (PMDB) e a Agripino Maia (DEM). Que mudança é essa que um ministro de Estado, que trabalha para um determinado governo, pede votos para uma candidata ao Senado de um partido que tem candidata à Presidência da República e hoje seria a principal adversária da patroa deste ministro? Me refiro ao ministro da Previdência Garibaldi Alves e a vice-prefeita de Natal Wilma de Faria, do PSB, e candidata ao Senado. Que mudança é essa que um candidato a governador diz apoiar a reeleição da presidenta Dilma Ruosseff (PT), mas recepciona em Natal o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, e este por sua vez afirma de público que o seu candidato a governador no RN é Henrique Alves?
Curiosamente a coligação “União pela Mudança” reserva ao eleitor do Rio Grande do Norte uma nova roupa da velha política que curiosamente pode levar o estado ao renascimento, ou melhor, a continuidade de um movimento político ligado ao clã dos Alves. Como se observa, de proposta de mudança esse acordão não tem nada. Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Coluna do Barbosa

Um comentário:

Jedson disse...

Graças a "JESUS", ou melhor não fica nem bem envolver o meu "SENHOR" nessas estórias sem graça e de "discórdias eternas", pois era isso que acontecia com "esses mesmos" que agora se aliam em nome de tudo e todos como a salvação do RN e por que não do "UNIVERSO". Até quando senhores blogueiros poderemos "aturar" coisas dessa natureza ou vocês já não estão acostumados com essa verdadeira "mazela" que se instituiu no RN. Até quando iremos nos deleitar com promessas "fictícia" e "mirabolantes" tudo em nome de um "acordão" de "pessoas estas rivais" s de "carteirinha" e que se dizem pela "moralização do RN". Meu "DEUS" até quando suportaremos esta "mesquinhes"? Tudo pelo "PODER" ou não seria "tudo em nome do REAL"? Será que seremos mais uma vez "enrolados" por "essa turma" que mesmo aposentados ainda lutam para "empregar" o restante da sua "nobre espécie"? Quantos não se formaram só em política. Já está me dando saudades dos antigos "embates entre gladiadores ferrenhos" tais como; os grandes oradores que só faltavam verterem a "água do sertão" tão castigado pelos "desmantelos" de uma política "injusta e desigual" e por sinal com o dinheiro dos nossos impostos. Pela moralização de uma política mais "justa", pedimos encarecidamente que parem de "ser tão dissimulados" e encararem a eleição como uma coisa normal e não cheia de palavras "frívolas" e sem nenhum gabarito, pois é uma raridade algum de vocês ter sido ou ser "catedrático". Sejamos mais honestos e por que não deveria a "justiça" agir na "Lei" e coibir "promessas" feitas e não "cumpridas" com a perda do mandato, pois dessa forma a cada dia que passa a "política" tem levado os cidadãos ao descredito, devido a escândalos e desvios do erário e que no papel o dinheiro não volta para os cofres da união e a culpa ainda é dos aposentados que trabalharam tanto produzindo e engrandecendo o País e "essas pessoas" jogando conversa fora, se dando ao luxo das benesses oferecidas pelo "Planalto Central" enquanto o "povo" continua sem hospitais de qualidade, sem segurança, sem escola, sem emprego, sem casa.... por isso que alguns pensadores da nossa música popular brasileira reproduzia nas suas mais variadas composições letras como; " que País é este",(Legião Urbana) "a burguesia fede"(Cazuza),"imagine o Brasil ser divido e o nordeste ficar independente" (Zé Ramalho), "milho aos pombos" (Geraldo Vandré).